2TM, holding do Mercado Bitcoin, adquire gestora ParMais e faz investimento na FIDD Group

Movimentos permitirão que clientes do Meubank, instituição de pagamento do grupo 2TM, consolide ativos digitais e tradicionais numa mesma carteira

 

São Paulo, 20 de maio de 2021 – A 2TM, controladora do Mercado Bitcoin, adquiriu a gestora de recursos ParMais, de Florianópolis. O grupo também concluiu um investimento minoritário na FIDD Group que atua na administração, controladoria, custódia e distribuição de fundos. Com as duas operações, a 2TM segue no seu propósito de construir a ponte real entre o mercado de criptoativos e blockchain e o mercado financeiro regulado. Conforme explica Gustavo Chamati, fundador do Mercado Bitcoin e membro do conselho de administração da 2TM. “Nossa estratégia é usar a tecnologia blockchain como infraestrutura do mercado financeiro, ampliando e  diversificando nossa atuação.”

A ParMais, fundada em 2011, tem cerca de 600 milhões de reais em ativos sob gestão, mais de 1500 clientes e 45 funcionários. Toda a equipe da Wealth Management Tech será mantida. Segundo Chamati, com a ajuda da 2TM, a ParMais terá condições de aumentar em dez vezes os recursos sob gestão nos próximos três anos. “A ideia é que unindo forças, a gente possa não só acelerar o desenvolvimento em tecnologia, mas aumentar o alcance dos serviços e produtos que a gestora já oferece”.

“Com a 2TM, vamos ter um ganho enorme de eficiência e tecnologia. Poderemos oferecer mais produtos, serviços e inovação. A gente tem muita complementaridade”, diz Annalisa Dal Zotto, CEO da ParMais. A executiva reforça que a empresa é a primeira Wealth Management Tech do Brasil, possui um uso intensivo em tecnologia e oferece produtos e serviços que os clientes teriam disponíveis apenas em plataformas exclusivas, como alguns segmentos high de bancos ou family offices, por exemplo. Annalisa explica ainda que a ParMais já tinha uma parceria de longa data com a 2TM, o que facilitou as conversas, que começaram em janeiro deste ano.

Já a parceria com a FIDD permitirá que os 2,7 milhões de clientes das plataformas da 2TM consolidem investimentos alternativos e tradicionais dentro de uma mesma carteira. A parceria garante ao grupo 2TM o direito de aumentar a participação na FIDD daqui a dois anos.

“O cliente poderá ter bitcoins, altcoins, tokens, ativos digitais, colecionáveis, e também investimentos tradicionais como fundos de ações e multimercados”, disse Gustavo. “Vamos completar nosso portfólio de oferta de investimentos, oferecendo produtos regulados que a FIDD pode distribuir”.

De acordo com Pedro Salmeron, CEO do grupo, a parceria abre uma avenida de prestação de serviços no mercado de criptoativos. “O que nos aproximou foi a maneira séria e comprometida que o 2TM vem desenvolvendo o mercado de criptoativos, que está caminhando para a regulação, com a FIDD, que já faz parte de um mundo totalmente regulado. Para nós, a parceria complementa o trabalho inovador que estamos desenvolvendo no mercado tradicional”, disse Salmeron.

As duas operações também se conectam com outra empresa do grupo 2TM, a Bitrust, custodiante de criptoativos que só espera o sinal verde da Comissão de Valores Mobiliários para se tornar a primeira custodiante regulada de criptoativos do país. Com a autorização, a ParMais poderá estruturar fundos com exposição a criptoativos, administrados, controlados, custodiados e distribuídos pela FIDD, tendo a Bitrust como custodiante especialista de criptoativos, diz Chamati.

“Nós poderemos estruturar fundos com estratégias mais sofisticadas, graças à nossa expertise no tema, e com taxas melhores”, explica o executivo. Atualmente, a CVM só permite que fundos de investimento invistam em cripto, comprando cotas de fundos sediados no exterior.

Com a ParMais e a FIDD, já chegam a três as operações realizadas pela 2TM desde fevereiro. As transações fazem parte do pacote de investimento de R$ 200 milhões do grupo para este ano. Em fevereiro, a empresa comprou a Blockchain Academy. Em janeiro, a 2TM fez uma captação de recursos coliderada pela GP Investimentos e a Parallax Ventures.